4+9+5=
18
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Muitos de nós já estamos emergindo de nosso inconsciente para criar o novo. Estamos emergindo de nós mesmos...
Depois de lidar com cada ilusão e transforma-la chegou a hora de acordar...
Se você ainda não emergiu desta vez fique tranquilo, dê o melhor de si aqui e agora, não falta muito, você também emergirá vitorioso...
Vamos, confio em todos nós, sei que podemos.
Por quantas noites escuras já passamos?
Agora é hora de manifestar a alegria...
Este é o novo e estou pronta para realizá-lo em minha vida...
"O herói não pode voltar atrás. Já
expulso da torre mundana das idéias cediças e dos padrões convencionais,
privado da Mulher Estrela, acha-se entre mundos, numa espécie de terra de
ninguém, sem nenhuma ponte aparente que lhe facilite a travessia. É um
prescrito da civilização e, na verdade, da espécie humana. Como uma besta, só
pode sujeitar-se ao fado, confiando em seu instinto animal para chegar ao seu
destino.
Faz-se
mister coragem e fé para sair, como Abraão, "da sua terra, da sua
parentela e da casa de seu pai, para a terra que eu lhe mostrarei". (Gen.
12:1) Ainda maior fé e maior coragem se requer do nosso herói, que ainda não
pode ouvir a voz do Senhor. Sua única esperança reside no rosto dentro da Lua
escurecida, emoldurado num colar de arco-íris, símbolo de esperança e promessa.
Como a Lua, renascida da escuridão, se transformará para brilhar outra vez,
assim possa ele também emergir renascido dessa noite de terror. Mas outros
portentos nos céus não são favoráveis, pois as gotículas multicoloridas que ali
aparecem (à diferença do maná, que caiu sobre a Terra para alimentar os
moradores da torre) parecem erguer-se na direção do céu. Como se a Deusa da
Lua, qual mãe devoradora, sugasse para si toda a energia criativa da Terra,
deixando-a desolada e infecunda. O próprio herói se sente exaurido, hipnotizado
pelo lagostim que espreita nas profundezas do fosso.
Esta
é a hora da verdade do herói, tempo de terror e reverência. A experiência da
travessia é familiar a quantos fizeram a jornada rumo à autocompreensão. Os
místicos lhe chamavam a "Noite Negra da Alma". Em mitos e lendas,
aparece como a "Jornada Noturna do Mar", onde, tradicionalmente, como
Jonas na barriga da baleia, o herói precisa vencer o monstro que pode
devorar-lhe a consciência e mantê-lo cativo. Em termos psicológicos, isso lhe
simboliza a vitória sobre os aspectos devoradores do inconsciente, o qual, de
outro modo, engoliria a consciência do seu ego, acarretando a psicose.
Na
Lua, o puxão regressivo da Mãe Natureza é simbolizado pelo lagostim, que vive
nas profundezas e anda para trás, pelos mastins rapaces e pela própria Lua, que
parece sugar-lhe as energias, desviando o herói da ação deliberada. A Deusa Lua
é feiticeira e encantadora. Como Luna, pode levar o homem à loucura. Como
Circe, sua magia transforma seres humanos em porcos e, como Medusa, o seu olhar
hipnótico paralisa a vontade.
Não
se deve esquecer que Ártemis, a tranqüila deusa da Lua, é prima e companheira
de Hécate, a negra feiticeira das encruzilhadas, cujos cães babosos podem
rasgar, um por um, os membros do herói, ou remetê-lo, hidrófobo e escumante,
para a noite perpétua. Um enfrentamento dessa natureza ou significa morte
espiritual ou pressagia renascimento. Só na região do maior terror se encontra
o áureo tesouro."
Sallie Nichols- Jung e o Tarô.pág.326 e 327
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